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A Arte do Falso



Amanhã - 9 de Outubro, será inaugurada uma exposição denominada "A Arte do Falso" no edifício da Alfândega do Porto, e insere-se no "programa das comemorações do 75.º aniversário da Diretoria do Norte da PJ".
Nesta mostra poderemos ver múltiplas obras de arte falsificada, apreendidas nos últimos quinze anos por inspetores da Polícia Judiciária, nomeadamente imitações de pinturas e desenhos dos artistas portugueses Júlio Pomar e Mário Cesariny, do pintor moçambicano Malangatana e até de Pablo Picasso.
As obras foram encontradas durante ações policiais em feiras, antiquários, exposições e leilões de arte, principalmente em Lisboa e no Porto.

"O Almoço do Trolha" de Júlio Pomar terá sido uma das mais falsificadas obras de artistas portugueses do século XX. O quadro foi exposto ainda inacabado em 1947, na segunda Exposição Geral de Artes Plásticas da Sociedade Nacional de Belas Artes, enquanto Júlio Pomar, então com 21 anos, se encontrava preso no Forte de Caxias, sendo apenas terminado em 1950. Com 150 centímetros por 120, o quadro revela uma cena com uma família pobre, em que um operário da construção civil come um modesto almoço sentado junto à mulher e o filho.

Pensamos que poderá revelar-se uma interessante mostra, mesmo para quem não é um visitante habitual de exposições de pintura, revelando uma realidade que poucas vezes chega aos olhos do grande público. As falsificações de arte fazem parte da História e nem sempre são simples cópias mais ou menos corretas, mas também desenhos ou pinturas completamente novas, executadas a partir da linguagem plástica dos autores.

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