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vasco branco


Este é o pequeno vídeo que foi exibido no dia 12 de dezembro de 2019 no início do encontro que homenageou Vasco Branco, ilustre aveirense que nasceu há 100 anos e cuja obra artística e literária é o elemento estruturante do nosso Projeto Cultural de Escola.

ONDE SABER MAIS?


Vasco Branco é um dos mais premiados cineastas portugueses, carreira que conciliou com as artes plásticas, sobretudo a cerâmica artística, e com a literatura, a par da sua profissão de farmacêutico.
Vasco Augusto Pinho Ferreira Branco nasceu na Rua Manuel Firmino, em Aveiro, no dia 27 de setembro de 1919. De 1933 a 1935 frequentou o Curso Industrial de Desenho e Pintura Cerâmica, onde teve como mestres Silva Rocha, Gervásio Aleluia e o escultor Romão Júnior. No ano de 1944 terminou o Curso de Farmácia, na Universidade do Porto, onde conviveu com o prestigiado professor, médico, pintor e teórico de arte Abel Salazar. Na Gafanha da Nazaré, abriu a Farmácia Branco, onde estão alguns dos seus painéis cerâmicos. Atualmente, por motivos de saúde e familiares, reside na cidade do Porto. [ecclesia.pt]

Especialmente conhecido pela sua produção como cineasta amador nos diferentes géneros de ficção, documentário e animação, Vasco Branco cultivou muitas outras artes e ofícios. A sua biografia artística começa, de resto, pela pintura, tendo realizado a primeira exposição em 1945, em Aveiro. Dois anos depois, inicia colaboração com a revista Mundo Literário, que tinha sido lançada por Jaime Cortesão e Adolfo Casais Monteiro. O primeiro livro, Telhados de Vidro, surge em 1952, mas o cume da sua criação literária acontece em 1979, com o Grande Prémio de Ficção da Associação Portuguesa de Editores atribuído ao romance Os Generosos Delírios da Burguesia, depois publicado pela Moraes Editores (1980).
E F. Gonçalves Lavrador enumera a actividade de “contista, novelista, romancista, articulista de diversos jornais e revistas”, ao lado da pintura e outras obras plásticas, além das “tarefas, igualmente criativas, de ceramista”. Mas admite também que Vasco Branco se dedicou, em alguns dias, “com algum entusiasmo, ainda que passageiro, ao cinema, não apenas como cineasta, mas também no campo da divulgação cultural, da participação na defesa do cinema como arte e no fomento dum público culto e consciente”.
Esta actividade cinematográfica haveria de materializar-se, entre 1958 (ano do seu primeiro filme, O Bebé e Eu) e 1984 (O Colégio de Gaia), na realização de meia centena de títulos. Muitos deles valeram-lhe sucessivamente prémios em festivais nacionais e internacionais, destacando-se o conquistado em 1960 no concurso internacional UNICA, pelo filme Circo e Etc. – que F. Gonçalves Lavrador considera a sua “obra-prima no campo da animação, com o ritmo característico e bem marcado, o seu humor inteligente e a sua poesia ingénua” –, e também a menção especial do júri do cinema amador num festival de cinema independente em Cannes (1963) para O Espelho da Cidade, distinção que o levaria a ser convidado para presidir ao júri dos cineclubes na edição seguinte do mesmo festival francês.
Vasco Branco viria também a integrar os júris do Cinanima (1980 e 85) e do Festival de Cinema de Língua Portuguesa em Aveiro (1984 e 88). Paralelamente, foi co-fundador, no início da década de 1970, do grupo AveiroArte, e leccionou cinema e cerâmica. [publico.pt]


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